Muitos jovens alemães ingressaram em grupos juvenis nazistas movidos pelo desejo de pertencimento e propósito compartilhado. Membros da Juventude Hitlerista e da Liga das Meninas Alemãs participavam frequentemente de atividades como atletismo e serviço comunitário. No entanto, o regime nazista também utilizou esses grupos para doutrinar os jovens com a ideologia nazista.
Considerados o futuro de uma “raça alemã superior”, os jovens eram ensinados por seus líderes a odiar e perseguir judeus e outras supostas “raças inferiores”. Nesta fotografia, a Juventude Hitlerista é incentivada a humilhar judeus, forçando-os a limpar as ruas da cidade em Viena.
Em 1936, a filiação à Juventude Hitlerista tornou-se obrigatória para todos os alemães não judeus entre 10 e 18 anos. Apenas um pequeno número conseguiu resistir ao alistamento. Da mesma forma, esperava-se que a maioria das adolescentes não judias ingressasse na Liga das Meninas Alemãs. O regime nazista utilizava essa organização para incutir nelas a visão de mundo nazista, moldando-as para se tornarem donas de casa e mães submissas em uma Alemanha “racialmente pura”.
Após o início da Segunda Guerra Mundial, a Liga passou a oferecer novas oportunidades para algumas jovens mulheres. Suas integrantes eram preparadas para atuar em serviços militares, na indústria bélica ou para se estabelecerem em áreas ocupadas pelas forças alemãs. Embora a filiação exigisse conformidade estrita, abraçar o nazismo dentro da Liga oferecia a oportunidade de experimentar uma vida fora dos papéis domésticos tradicionais.
FONTE: Disponível em: https://exhibitions.ushmm.org/some-were-neighbors/teenagers/teenagers-intro. Acesso em 15 mar 2025.