A construção de Auschwitz II, ou Auschwitz-Birkenau, teve início em outubro de 1941, nas proximidades da cidade polonesa de Brzezinka. Dos três campos localizados perto de Oswiecim, Auschwitz-Birkenau foi o que abrigou o maior número de prisioneiros. Era dividido em mais de doze seções, separadas por cercas de arame farpado eletrificado que, assim como em Auschwitz I, eram patrulhadas pelos guardas das SS e, a partir de 1942, por guardas acompanhados de cães policiais. O campo possuía seções específicas para homens, mulheres, um campo familiar para ciganos deportados da Alemanha, Áustria e do Protetorado da Boêmia e Morávia, além de um setor destinado a famílias judias deportadas do gueto de Terezín.
Auschwitz-Birkenau também contava com instalações que funcionavam como centro de extermínio e desempenhava um papel fundamental no plano alemão de aniquilação dos judeus europeus. A partir de meados de 1941, o gás Zyklon B foi introduzido no sistema dos campos de concentração alemães como forma de acelerar o extermínio. Em setembro desse ano, em Auschwitz I, ocorreu o primeiro teste com o Zyklon B, cujo “sucesso” levou à adoção desse gás em todas as câmaras de gás do complexo de Auschwitz. Próximo a Birkenau, as SS iniciaram a adaptação de duas antigas fazendas para servirem como câmaras de gás. A câmara “improvisada” I entrou em operação em janeiro de 1942 e, posteriormente, foi desmontada. Já a câmara “improvisada” II funcionou de junho de 1942 até o final de 1944. As SS consideraram essas instalações inadequadas para o volume de gás que planejavam utilizar em Auschwitz-Birkenau.
Entre maio e junho de 1943, foram construídos quatro grandes prédios de cremação, cada um com três componentes: uma área para os prisioneiros se despirem, uma ampla câmara de gás e fornos crematórios. As SS mantiveram as operações de extermínio por gás em Auschwitz-Birkenau até novembro de 1944.
FONTE: Disponível em: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/auschwitz. Acesso em 14 mar 2025.